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Archive for outubro 2016

Filosofia e Anime : Belíssimo pensamento do personagem Shaka do anime Saint Seiya


As Flores brotam, e morrem...

As estrelas brilham, mas um dia se
apagarão...

Tudo morre...

A Terra, o Sol, a Via Láctea e até mesmo todo este universo não é exceção!

Comparado a isto,
a vida do homem é tão breve e fugidia quanto um piscar de um olho...

Neste curto Instante,
os homens nascem, riem, choram,
lutam, sofrem,
festejam, lamentam,
odeiam pessoas e amam outras!

Tudo é transitório...

E em seguida, t
odos caem no sono eterno chamado morte...


Shaka, Cavaleiro de Ouro da constelação de Virgem




terça-feira, 25 de outubro de 2016
Posted by Daniel Lima

A simbologia por trás de Death Note 

Tenho a certeza que todos os fãs de Death Note já se aperceberam do grande relevo que esta obra dá à simbologia, principalmente cristã. Tal para mim não era óbvio no início, contudo, às tantas, comecei a dar-me conta da enorme carga de símbolos presente no anime (não li a manga, mas como sei que a história não difere em quase nada - talvez a manga tenha poucos pormenores a mais que o anime - arrisco-me a dizer que o mesmo se passa na banda desenhada). Pensei, reflecti e pesquisei no "Dicionário dos Símbolos", de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, cujas transcrições estão marcadas com um asterisco, e, com a ajuda dos meus irmãos e do meu amigo João, tirei conclusões, que passo a apresentar de seguida, acompanhadas de imagens da série.

               

É fundamental frisar que, apesar de parte deste registo corresponder ao que é explicitamente mostrado em Death Note, algumas destas anotações são probabilidades/hipóteses ou pontos de vista pessoais.

- Rosa - Segundo abertura (What's Up People?!) - A rosa é, na iconografia cristã (...) o cálice que recolhe o sangue de Cristo (...)*

Misa aparece deitada sobre rosas, misturando-se com elas; ela é o suporte de Light e, sem a sua colaboração, ele não poderia atingir os seus objectivos tão facilmente. Entenda-se aqui que Light é o deus do novo mundo (Deus na Terra = Cristo). Deste modo, Misa recolhe o sangue de Light (ela sente na pele as consequências das ambições dele, embora tenha admitido que a única maneira de estar feliz era a seu lado, fazendo tudo o que estivesse ao seu alcance para o fazer feliz também);

- Rosa azul - Segunda abertura (What's Up People?!) - Uma rosa azul seria o símbolo do impossível.*

É impossível para Light ser Cristo/Deus na Terra - não só é pecador, como possui um poder limitado quando utiliza o Death Note (atributos que são negados a uma entidade superior) - tal como o é a sua ambição (o facto de alguma vez poder construir um mundo perfeito);

- Número 13 - Episódio 25 - Aparece quando se faz referência à regra falsa do Death Note, inventada por Ryuk: Se o dono do Death Note não matar dentro de 13 dias, depois ter lá escrito o nome de alguém, ele morre; Episódio 37 - Enquanto procuram por Light, Matsuda, Aizawa, Ide e Mogi reúnem-se ao pé do armazém nº 13 - Desde a antiguidade que o número 13 tem sido considerado como de mau agoiro. (...) Na última refeição de Cristo com os seus apóstolos, a Última Ceia, os presentes eram treze. A Cabala enumerava 13 espíritos do mal. O 13º capítulo do Apocalipse é o do Anticristo e da Besta. (...) De uma forma geral, este número corresponde a um recomeço, com este matiz pejorativo de que se trata mais de refazer qualquer coisa do que de renascer.*

              

No episódio 25 e 37, o número 13, cuja significação é atribuída ao mau agoiro e à morte (lembre-se que a carta de Tarot A Morte é o décimo terceiro Arcano Maior), surge pouco tempo antes de L falecer (ele já tinha ficado intrigado com esta regra do Death Note) e de Light morrer, respectivamente. Além disso, apesar de Light se considerar o deus do novo mundo, ele, no fundo, acaba por se revelar um Anticristo, pois trata-se de alguém que se opõe a Jesus Cristo em relação ao modo como faz o Bem e que, segundo a tradição Cristã, dominará o mundo nos últimos dias, antes que Cristo regresse pela segunda vez. Pode dizer-se que, em Death Note, o número 13 corresponde a um recomeço, que se trata mais de refazer qualquer coisa do que de renascer pois, logo após a morte do L, Light, ressuscitado, volta a agir em liberdade, como Kira, e, assim que Light morre, pressupõe-se não um surgimento de um novo mundo, mas sim uma reconstrucção do mesmo, isto é, uma mudança gradual, no sentido de se viver sem Kira;

- Corvo - Primeiro encerramento (Alumina) e segunda abertura (What's Up. People?!) - Parece concluir-se de um estudo comparativo de costumes e crenças de numerosos povos que o simbolismo do corvo só recentemente adquiriu o seu aspecto puramente negativo (...) É considerado, com efeito, nos sonhos, como uma figura de mau agoiro, ligado ao medo da infelicidade. (...) no Japão, ele é (...) um mensageiro divino (...) Símbolo da perspicácia, no «Génesis» (8,7), é ele que vai verificar se a terra começa, após o dilúvio, a reaparecer por cima das águas (...) na Grécia (...) acreditava-se que eram dotados de poder de conjurar a má sorte. O corvo aparece muitas vezes nas lendas célticas onde desempenha um papel profético. (...) Ele seria também um símbolo da solidão, ou melhor, do isolamento voluntário daquele que decidiu viver num plano superior. (...) guia das almas na sua última viagem, pois, sendo psicopompo, ele penetra, sem se perder, o segredo das trevas.*

     

Remetendo a simbologia do corvo para Death Note, a sua ligação à infelicidade e ao poder de trazer má sorte poderá estar relacionada com o aviso que Ryuk fez a Light assim que este começou a aperceber-se do poder que tinha nas mãos: para aquele que utilizasse o "Death Note", só podia ser esperado um final trágico. Ainda assim, Light comporta-se, de facto, como um mensageiro divino (alguém enviado por Deus para fazer Justiça), dotado de grande perspicácia (ele, afinal, é um génio), que vive num plano superior, a que só ele pertence (tem mais poder que todos os que estão à sua volta, decidindo, assim, qual o seu destino). Esta ideia de possuir um poder divino e superior é transmitida por imagens da Zetsubou Billy: ele passa pelos automóveis sem sofrer qualquer dano e caminha numa direcção oposta à de todas as pessoas;


- Maçã - Aberturas (The World e What's Up, People?!), primeiro encerramento (Alumina) e ao longo da série - Trata-se (...) duma forma de conhecimento, mas que é ora o fruto da Árvore da Vida, ora o da árvore da Ciência do bem e do mal: conhecimento unificador que confere a imortalidade, ou conhecimento separador, que provoca a «queda». (...) «comer a maçã significa (...) abusar da sua inteligência para conhecer o mal, da sua sensibilidade para o desejar, da sua liberdade para o fazer.(...)»*

A imagem da maçã, aparecida tantas vezes, ilustra a grandiosidade da sabedoria de Light que, mal utilizada, traz consequências irreversíveis (mais uma vez, alusão ao seu final trágico - a sua morte). Ao ser dono do Death Note, acede ao conhecimento separador, que provoca a «queda»). Light trinca a maçã em The World, ou seja, abusa da sua inteligência para conhecer o mal, da sua sensibilidade para o desejar (em vez de se restringir à eliminação daqueles que causam o caos e a desordem, deseja suprimir também os que se lhe opõem, dado que são pessoas que negam a existência de Kira como deus), da sua liberdade para o fazer (liberdade construída com base em esquemas mentais que é capaz de elaborar graças à inteligência que tem e que lhe permitem escapar aos golpes dos inimigos). Contudo, durante a série, Light oferece as maçãs a Ryuk, que as come - o Shinigami conhece, deseja e faz o mal, só que de uma forma mais discreta do que Light, isto é, divertindo-se com a tragédia que tem o seu início assim que Light se assume como dono do Death Note.

A cena de Light a estender uma maçã a Ryuk, em The World, pode ser associada à famosa pintura de Miguel Ângelo, A Criação Do Homem, que se encontra representada na abóbada da Capela Sistina, em Roma. Em Death Note, pode dar-se outro significado: Ryuk, o Shinigami, encontra-se por cima de Light, representando o papel de Deus, pois Ryuk criou Kira, que é Light. Na sua mão, encontra-se uma maçã, provavelmente um símbolo de oferenda por parte de Light por Ryuk o ter transformado num deus;

- Cruz - Primeira e segunda aberturas (The World e What's Up, People?!, respectivamente) e segundo encerramento (Zetsubou Billy) - A cruz possui também o valor dum símbolo ascensional. (...) A tradição cristã enriqueceu prodigiosamente o simbolismo da cruz, condensando nesta imagem a história da salvação e da paixão do Salvador. A cruz simboliza o Crucificado, o Cristo, o Salvador, o Verbo, a segunda pessoa da Trindade.*

Light ascende cada vez mais, deduzindo-se que a sua queda será bastante grande, o que acaba por se confirmar (em Zetsubou Billy, Light está a subir num elevador, até que, no final da música, aparece como que derrotado, entendido no chão, num estado de choque/aflição). Ele é o crucificado (arrisca a sua segurança, e até a vida, pelo Bem no mundo), o cristo (deus na Terra, como já foi referido anteriormente) e o salvador (o indicado para fazer Justiça e construir um mundo melhor);

Imagem da The World:

- Sinos (som dos) - Episódio 25 - L, durante o episódio inteiro, diz que ouve o barulho dos sinos - (...) o Cânone budista pali compara as «vozes» divinas com o «som de um sino de ouro». (...) Mas o barulho dos sinos (...) tem universalmente um poder de exorcismo e de purificação: afasta as más influências, ou pelo menos avisa da sua aproximação. (...) A campainha (...) simboliza o chamamento divino, em todo o caso uma comunicação entre o céu e a terra. (...) o sino tem também o poder de entrar em relação com o mundo subterrâneo.*

Após ouvir o som dos sinos durante algum tempo, L morre. A ligação entre este barulho e a aproximação da morte é algo que muitas vezes é demonstrado em anime (como, por exemplo, em Shinigami no Ballad);

- Lua cheia - Primeira abertura (The World) e ao longo da série - Antes de mais nada, convém lembrar que a lua influencia fortemente o ser humano. Passando do geral para o concreto, a lua cheia (ou seja, quando está totalmente radiante e cheia de luz) simboliza a realização dos projectos (surge, muitas vezes, quando Light triunfa numa determinada situação).

Curiosa é a última imagem da lua na série: em vez de aparecer cheia, está no quarto minguante, o que pode significar que a era de Kira acabou, que os seus planos terminaram;

- Naomi com Raye Penber nos braços - Primeira abertura (The World) - Imagem alusiva à Pietá de Miguel Ângelo;

- Traição - Na Bíblia, Judas trai Jesus e, por causa disso, Ele acaba por ser Crucificado. Este facto pode ser comparado a Death Note, na medida em que é devido à traição de Mikami (o facto de ter matado Takada sem ordens para isso) que Near acaba por descobrir o verdadeiro Death Note e, assim, ficar por cima de Light;

- Portões dourados - Segundo encerramento (Zetsubou Billy) - Podem ser vistos como os Portões para o Paraíso porque ser deus é o principal objectivo de Light;

- L limpa os pés a Light - Episódio 25 - A cerimónia do lava pés, contada na Bíblia, tem lugar antes da Última Ceia, e é quando Jesus lava os pés aos seus discípulos, como sinal de humildade e de honra para com eles. Em Death Note, L limpa os pés a Light, pouco tempo antes da sua morte: apesar de aqui o papel de Cristo ser desempenhado por L, tal não é inconveniente, pois, ao agir assim perante Light, L mostra respeito e admiração por alguém que ele, no fundo, admite ser superior a ele.

      

Antes de finalizar, gostaria de dar a entender que todas as palavras que citei ao longo do post têm uma simbologia muito mais abrangente do que a indicada. O que se coloca aqui em questão é o facto de não fazer sentido indicar significações que não estivessem de acordo com a possível finalidade em Death Note de mostrar e fazer referência a determinados símbolos.


Fonte: Nippon Anima
link da matéria original: http://nippon-anima.blogspot.com.br/2012/02/simbologia-por-tras-de-death-note.html
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Posted by Daniel Lima
OS 30 ANOS DO ANIME DE SAINT SEIYA (OS CAVALEIROS DO ZODÍACO)


11 de Outubro de 2016, uma data importante para os fãs de Os Cavaleiros do Zodíaco. Neste dia o anime completa 30 anos da sua estreia no Japão, ocorrida em 11 de Outubro de 1986, num sábado as 19h, na TV Asahi. Os episódios viriam a ser exibidos sempre nesse dia e horário. 

 

Primeiro pôster da série anime, lançado no Japão

Originalmente uma série de mangás, 
Saint Seiya ou Os Cavaleiros do Zodíaco (nos países de língua portuguesa), foi criada em 26 de novembro de 1985, escrita e ilustrada por Masami Kurumada, e publicada na revista Weekly Shounen Jump de 1986 a 1990 e adaptada para anime pelo estúdio Toei Animation de 1986 a 1989*. (*Clássico).


A série conta a história de guerreiros místicos chamados Cavaleiros que lutam vestindo Armaduras sagradas baseadas nas diversas constelações. Os Cavaleiros têm como missão defender a reencarnação da deusa grega da guerra e sabedoria Atena em sua batalha contra outros deuses do Olimpo, ou de outras mitologias que pretendem dominar a Terra.

             
   
Os cinco principais Cavaleiros: Shiryu, Shun, Seiya, Hyoga e Ikki e a reencarnação da deusa Atena, Saori

Saint Seiya começou a ser conhecido no ocidente como Os Cavaleiros do Zodíaco depois que se tornou sucesso na França em 1988, onde recebeu o nome de Les Chevaliers du Zodiaque, o que foi também o primeiro lançamento estrangeiro da série.

Tanto o mangá original e a adaptação em anime foram muito bem sucedidos em vários países asiáticos, europeus e latino-americanos, no entanto, nenhum deles foram dublados em inglês até 2003. Quatro filmes foram exibidos nos cinemas japoneses no período de 1987 à 1989. Porém o anime ficou inacabado em 1989, deixando uma parte do mangá sem animação.
Mas em 2002, a Toei Animation continuou o anime na forma de três séries OVAs, tendo a última finalizada em 2008, a fim de adaptar o restante da história do mangá, e, seguindo este renascimento da franquia, um quinto filme foi exibido em 2004. Em 2006, o autor Kurumada retomou a publicação do mangá, a partir da conclusão da obra original, continuando a história em Saint Seiya: Next Dimension.

Mais uma vez o quinteto principal e Atena

Em 2014, um sexto filme (em CG) estreou em junho no Japão e em setembro no Brasil. Embalado pelo filme, comemorou-se os 20 anos desde a primeira exibição da série no Brasil na extinta TV Manchete. Sendo comemorado por vários fã clubes, incluindo a exibição de episódios clássicos em salas de cinema. Já em 2015 um novo anime contendo 13 episódios centrado nos Cavaleiros de Ouro intitulado Saint Seiya soul of gold foi exibido via internet simultaneamente com o Japão com legendas em vários idiomas para todo o mundo.

Em 2016, para comemorar o trigésimo aniversário do mangá, no Japão ocorreu uma grande exposição (Saint Seiya 30th Anniversary Exhibition: Complete Works of Saint Seiya) contendo diversos produtos fabricados para a série, como as armaduras em tamanho real. Anteriormente em 2014, algumas armaduras foram exibidas no Brasil durante o evento Comic Con Experience, em São Paulo.

Logomarca da Rede Manchete de Televisão

Numerosos produtos comemorativos (um art book, um CD de músicas, action figures, bolsas, pinturas, carteles, figuras, relógio, etc...) para o 30º aniversário do mangá de Masami Kurumada e da animação da Toei Animation, foram realizados em 2016. No Brasil foram lançadas camisetas da série pela C&A e Piticas além do mangá Saint Seiya: Saintia Sho pela editora JBC e anunciado pela mesma o Kanzeban: edição de luxo e definitiva do mangá clássico de Cavaleiros do Zodíaco. Também foi anunciado que a 
RBTV (Rede Brasil de Televisão) voltará a exibir o anime na TV brasileira em Outubro desse ano no seu novo bloco oriental, graças a parceria da emissora com a Toei Animation. No País do Sol Nascente, o Kanzenban foi lançado entre 2005 e 2006 e possui 22 volumes. Esta versão contém muitas páginas a cores.

  Seiya de Pégaso, Shiryu de Dragão, Hyoga de Cisne, Shun de Andrômeda e seu irmão mais velho Ikki de Fênix


Verdadeiro marco na história dos animes no Brasil
, Os Cavaleiros do Zodíaco foi uma verdadeira febre, um fenômeno televiso, comercial e social. Quem era criança à época lembra bem como, principalmente o ano de 1995 foi marcado pelos guerreiros de Atena. A série abriu o mercado nacional até então praticamente restrito as animações norte-americanas para a emergência dos animes na TV e no país em geral. Publicações que falavam sobre Cavaleiros e outros animes como a revista 'Herói' marcaram, assim como os famosos bonecos hoje conhecidos como action figure eram o sonho da maioria das crianças e venderam bastante. No bojo de 'CDZ' vieram Sailor Moon, Yu Yu Hakusho, Guerreiras Mágicas de Rayearth, Pokémon e Dragon Ball. Uma curiosidade é que a série foi além de tudo isso ainda responsável pela popularização da profissão de dublador, uma vez que os atores que deram vozes aos personagens são hoje verdadeiros ídolos no meio de fãs de animes.
Anos depois, em 2000 a obra teria seu mangá publicado no Brasil pela primeira vez através da editora Conrad e, junto com o mangá de Dragon Ball, sendo -- mais uma vez -- também responsável pela difusão dessas publicações no Brasil. A Manchete, onde a série foi exibida primeiramente 
entre 1994 e 1997 com episódios dublados pela Gota Mágica batia picos de audiência tendo inclusive superado a Globo em algumas ocasiões, tal a força da série àquela altura. Não seria portanto exagero dizer que de fato tudo o que envolve anime e mangá no Brasil possa ser classificado em A.C e D.C: Antes de Cavaleiros e Depois de Cavaleiros. 

O sonho de consumo de qualquer criança nos anos de 1995 e 1996: Os bonecos action figure conhecidos na época como 'diecast'

                                             
       A fonte de informação para os fãs de animes do final da primeira metade da década de 1990 pegou carona com 'CDZ'

Os episódios foram reprisados pelo canal Cartoon Network
 a partir de 2003 e pela Band a partir de 2004, ambos em uma versão redublada, agora pela Álamo. Em 2010, a Band exibiu a saga de Hades, até então inédita no país e lançada originalmente em OVAs.

Especula-se e espera-se ainda para 2016 um possível anúncio de uma nova animação para fazer parte das comemorações pelo 30º aniversário da série em anime. Talvez ele aconteça durante a Comic Con Experience (CCXP) que ocorrerá entre os dias 1 e 4 de Dezembro em São Paulo e que contará com a presença de Kozo Morishita, atual presidente de animação da Toei e diretor de episódios da série clássica dos Cavaleiros.
terça-feira, 11 de outubro de 2016
Posted by Daniel Lima
Você sabe o que é Waifu? Onde surgiu?

Waifu ou Husbando é um complexo que a pessoa tem pelo seu personagem favorito seja de anime, mangá, visual novel e outros. Waifu é usado por homens enquanto, Husbando é usado por mulheres. Pode ser um complexo doentio ou afetivo, dependendo da pessoa.
Toma distraído!

Onde surgiu o termo waifu?
A primeira menção do termo “Waifu” ocorreu no episódio 15 do anime Azumanga Daioh. Neste episódio há um diálogo entre um professor, Sr. Kimura, e suas alunas. Este professor tem a fama de ser pedófilo e na cena em questão sugere uma roupa “chamativa” para as garotas usarem na competição esportiva do colégio.
Enquanto as alunas ficam assustadas com sua aparição repentina e a sugestão de vestuário feita por ele, uma foto caí de seu bolso. Gerando o seguinte diálogo:
Takino Tomo: – O que é isso? Uma foto de uma mulher?
Kasuga Ayumu: – Nossa! Ela é linda.
Takino Tomo: – Quem é ela?
Sr.Kimura:– My wife.
Todas: – Não pode ser!
O anime foi lançado em 2002, tendo sua versão americana em 2005, a expressão só se tornou meme um ano após, em alguns fóruns, mas o termo original (My Wife), foi alterado para “Mai Waifu” e passando a ser usada por fãs de animes e mangás para definir uma afeição especial por seus personagens favoritos.

Quando o complexo de afeição passa a ser doentio?
No Japão e em lojas especializadas sobre o mundo otaku no ocidente, vendem os famosos “dakimakura”, ou travesseiros com a figura de personagens, tendo diferentes tamanhos.
A pessoa continua tendo um complexo normal mesmo depois de comprar um dakimakura, mas em certos casos, a pessoa coloca o dakimakura, ou sua Waifu, na mesa de jantar para almoçarem juntos, dormir abraçados aos Dakimakura afinal, a waifu não pode dormir no sofá, entre muitas outras formas de amor exagerada. Não podemos dizer que a pessoa tem problemas psicológicos, mas podemos dizer que esta pessoa está fugindo da realidade ou confundindo o que é real e o que não é real.

Outro fator que difere uma pessoa com complexo de afeição para a doentia, é o fato do que possui afeição continuar tendo desejos por pessoas reais, mas caso alguém não queira casar ou outra coisa do tipo, aí é diferente, então não se preocupe.

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sábado, 8 de outubro de 2016
Posted by Alisson Gomes
UMA LUTA DE PEITOS E BUNDAS – COMENTÁRIOS KEIJO #1

Keijo é um mangá que se passa num Japão alternativo e a sua história é sobre um esporte chamado “Keijo” onde as concorrentes estão em plataformas flutuantes na água e devem usar as suas bundas e peitos para lutar e empurrar as outras para fora da plataforma. Nozomi Kamenashi, é uma estudante do ensino médio, que tem como objetivo juntar-se ao esporte depois de se formar. Nozomi foi criada numa família pobre e espera ganhar muito dinheiro jogando Keijo. Ela tem formação em ginástica, um bom equilíbrio e flexibilidade.

O primeiro episódio de Keijo foi muito bom, tinha uma animação boa, o design de personagens tava legal e como não falar de sua originalidade, acredito que seja o primeiro anime a misturar o gênero ecchi com esportes, um ponto positivo para seu criador.
Em momento algum temos roupas que rasgam sozinhas ou seios fartos sendo distribuídos de forma generosa, aqui o foco é o esporte onde as garotas usam os peitos e a bunda para lutar, o que é meio estranho inicialmente, mas que depois você se acostuma e passa a curtir.
A protagonista Nozomi Kamenashi já aparece muito deslumbrada nesse episódio inicial, já chega dando entrevistas e achando que tá abalando ali, quando na verdade a maioria dos repórteres a ignoram, pois só estão ali para ver as grandes estrelas, temos uma cena yuri logo no inicio, algo leve que pode passar despercebido, mas será que teremos algum tipo de romance entre as garotas? Fica ai esse questionamento. E também temos uma personagem que dá golpes na velocidade da luz, certamente os golpes desse anime levariam a nocaute até os cavaleiros de ouro.

Keijo mal começou e já se envolveu em polêmica, a staff do anime recebeu criticas da imprensa onde alegam que é um anime puramente erótico, certamente quem defecou essa merda pela boca não deve ter visto Masou Gakuen, aquilo sim era erótico, tão erótico que fez o Pikachu sair da jaula.
A staff por sua vez se defendeu das criticas com uma nota em seu Twitter oficial:
No que diz respeito à série anime Keijo !!!!!!!!, algumas pessoas têm afirmado que o seu objetivo principal é ser “como o uso de óculos de raio-x” ou que “é basicamente pornografia, certo?”, e é fácil ver como isto pode ser a impressão à primeira vista de alguém. Esta é apenas uma opinião pessoal, mas acho que no caso de Keijo!!!!!!!! – quer o tema seja erótico ou não – a verdadeira questão está enraizada numa busca apaixonada pelo desporto.
Acrescentando ainda
Ei pessoal, há uma abundância de anime erótico por ai, se souberem onde procurar! Keijo !!!!!!!! é no seu coração sobre desporto de mulheres em traje de banho! Não é realmente o tipo de anime que vocês pensam que é!

Com 12 episódios a animação de Keijo!!!!!!!! é de responsabilidade do estúdio Xebec, a direção é de Hideya Takahashi (Pokemon: The Origin), o argumento é de Takao Kato (To Love-Ru, Triage X) e o design de personagens é de Keiya Nakano (AOKANA: Four Rhythm Across the Blue).
Conforme for saindo novos episódios farei uma análise deles, digam ai nos comentários se já assistiram Keijo e o que acharam dele.
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Posted by Alisson Gomes

A REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA DO FEMININO AO LONGO DO TEMPO 

A Eterna Vênus ainda persiste, mesmo nos mangás e animes

As artes gráficas (ilustrações, quadrinhos) ofereceram um campo aberto à uma nova forma de representação
 de um tipo mais audacioso de mulher, diferente da "grande arte".
Em termos de representação da mulher nos quadrinhos, temos, à partir dos anos 30, ao lado de coadjuvantes expectadoras, das eternas noivas ou namoradas dos primeiros super-heróis, agora também as personagens femininas que souberam se impor num mundo ordenado segundo uma visão masculina.
As heroínas das HQs norte-americanas, como a Mulher-Maravilha, Mulher-Gato, são as primeiras lembradas, e notadamente a emergência dos mangás e animes japoneses, onde em muitas obras as personagens mulheres são as centrais e determinantes no enredo. Vários são os mangás onde elas são as "salvadoras do mundo"! Podemos citar as obras 'Freezing' dos autores Dall-Young Lim e Kwang-Hyun Kim e 'Claymore' do autor Norihiro Yagi.
Mas, concernente à isso uma coisa está sempre presente nessas obras, desde as épocas mais afastadas da humanidade: a sensualidade feminina. Eva, Lilith e Pandora, as "rebeldes" são tão fortes quanto leoas e tão belas quanto Afrodite e Freya.


                                            
          Sonken Chuubou do anime Ikkitousen. Poses sensuais como esta não são meras coincidências e na verdade seguem um modelo padrão


                                    

                                          Deusa greco-romana Vênus em pintura do italiano Sandro Botticelli



De fato, não é possível imaginar a arte sem a presença da mulher; principal inspiradora de diversos artistas, como pintores, escritores, músicos. Talvez nenhum outro ser inspirou tanto a criação artística como a mulher. É durante a Antiguidade, que a arte grega devota um culto ao corpo feminino, e a arte romana também a valoriza através de esculturas. Na Idade Média, a arte passa por uma mudança e o corpo-mulher quase some. A Renascença estabelece um culto pagão à Beleza, cujo maior representante é a mulher que durante o século XVIII as mostra representadas com virtudes do corpo e da alma. Por fim, a mulher moderna, marcada pela presença cada vez maior dela também como criadora da arte, e não apenas representada por esta.

A ETERNA VÊNUS - A Vênus de Milo, escultura em mármore, representa a deusa grega Afrodite, simbolo do amor sexual e beleza física, data de cerca de 130 a 100 aC e acredita-se seja obra de Alexandros de Antióquia. Quando foi encontrada na ilha de Milos, no Mar Egeu, em 1820, por um camponês, estava quebrada ao meio, as mãos, danificadas e separadas do corpo, mas ainda possuía os braços.
Alguns estudiosos pensam que ela estava encostada em um pilar porque fazia parte da obra uma coluna com inscrições identificando a escultura como Vênus vencedora do concurso de beleza julgado por Páris.
Essa escultura-ícone da arte representando a mulher, é incontestavelmente o modelo seguido por gerações de artistas ao longo dos séculos que se seguiram. As feições, os trejeitos, o movimento... ela é um modelo-ícone da escultura ocidental, representa o que uma mulher idealizada deveria ser. É a perfeita representação 3D do subconsciente dos artistas homens ao longo dos séculos de história.

NO ORIENTE - A Shunga foi uma corrente artística japonesa com temática sexual derivada do movimento Ukiyo-e, produzida durante o Período Edo do Japão, entre os séculos 17 e 19. 
Os livretos e desenhos eram feitos por artistas de Ukiyo-e, pois conseguiam vender as obras com temática sensual com mais facilidade -- até hoje é assim pois mesmo alguns mangás do gênero mais popular shonen utilizam com frequência fanservice sensuais como em Fairy Tail por exemplo. 

                                                                                                                                                                                                                                                                     

                                         Rias Gremory do anime Highschool DxD, numa típica pose das Vênus de pinturas clássicas.
                                     
                                            
                                                   Vênus em pitura do francês William-Adolphe Bouguereau
 


Após o primeiro contato com o Ocidente, através dos portugueses, -- católicos fervorosos -- o Japão passou a experimentar um choque cultural e a consequente assimilação de alguns valores e hábitos dos europeus. E a arte, a sexualidade ocidental não foi exceção à regra. Esculturas e pinturas das exóticas e belas mulheres ocidentais, loiras e ruivas de cabelos cacheados, e até as belas africanas que acompanhavam os ocidentais chocaram os japoneses.

A partir daí e mais recentemente ainda, voltando a temática dos quadrinhos e mangás, desenvolveu-se uma perfeita junção de dois mundos na representação do corpo feminino nessas obras. Os gêneros hentai e ecchi são famosos e acessados por pessoas do mundo inteiro pela internet, e mostram personagens mulheres com corpos voluptuosos; são as eternas Vênus.
Sim, só que trasvestidas à maneira japonesa. Como resultado da influência ocidental, os japoneses também evocam a imagem-ícone do corpo feminino idealizado.
Obras de mangá/anime como Queen's Blade, Ikkitousen, Highschool DxD, To LOVE-Ru, Bible Black e tantas outras dos gêneros citados acima são a perfeita representação em arte de desenho da eterna Vênus.

Quando criança e até a adolescência eu gostava muito de desenhar. Coisa de família; uma de minhas irmãs é artista. Mas infelizmente, eu abandonei.
Em se tratando de animes, meus primeiros traços foram dos Cavaleiros do Zodíaco, logo, as bishoujo de Sailor Moon e pronto! Foram as que mais passei a desenhar. Reparando depois nos meus livros de história da arte vejo que se tivesse continuado e seguido com os desenhos e consequentemente as pinturas, a beleza feminina seria a mais retratada por mim também como a grande maioria dos artistas e isso posso jurar por Ticiano e sua icônica Vênus de Urbino! Mas o gosto pela leitura, o prazer e a busca por conhecimento me levaram a me aproximar mais das musas da História e da Filosofia...

Bom, espero que tenham apreciado esse texto, tive várias fontes de consultas bibliográficas como não poderia deixar de ser. Até a próxima.


                                                           


Satellizer el Bridget do anime Freezing banhando-se. Icônica voluptuosidade das formas e longos cabelos loiros
evocando a preferência da maioria masculina mundial
         


                                               Escultura de Afrodite (Vênus para os romanos) agachada no banho, exposta no Museu Britânico





 
                                      A famosa estátua Vênus de Milo (que não é o de CDZ) ícone-modelo de beleza feminina. 

Desde 1821 a escultura encontra-se no museu do Louvre em Paris.

terça-feira, 4 de outubro de 2016
Posted by Daniel Lima

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